quarta-feira, 20 de junho de 2018

VÊNUS DE MILO RECEBE BRAÇOS DE IMPRESSORA 3D

Ação com réplica da escultura clássica faz parte de campanha para alertar sobre as 100 milhões de pessoas no mundo que precisam de aparelhos ortopédicos6

Uma réplica da Vênus de Milo, a deusa grega sem braços, recebeu duas prótesesfeitas com impressoras 3D como parte de uma campanha realizada pela Handicap International, nesta terça-feira, na capital francesa. A campanha — na estação de metrô do Museu do Louvre, onde está a Vênus original — busca “alertar o público em geral” sobre a situação dos cerca de 100 milhões de pessoas no mundo que precisam de aparelhos ortopédicos.
Outras estátuas em parques de Paris também serão equipadas com próteses, como parte da campanha #bodycantwait (o corpo não pode esperar), lançada em 2015. Ao todo, dezenove pessoas receberam prótese 3D no Togo, na Síria e em Madagascar, durante a primeira fase da campanha.
“Apesar do grande número de pessoas que precisam de aparelhos ortopédicos, o público em geral desconhece essa problemática”, explica o diretor da Handicap International na França, Xavier du Crest. “Hoje, queremos ir além e oferecer próteses para mais pessoas em outros países”, completa Crest, que disse que 100 amputados receberão próteses na Índia.
Optar por próteses 3D em vez de usar próteses comuns é uma decisão que a organização assume, apesar do valor mais alto.
“Antes da impressão em 3D, você tinha que fazer um molde em gesso, ajustar quatro ou cinco vezes, colocar uma resina, o que exigia profissionais e uma equipe considerável”, comenta. “Agora, um pequeno scanner (do tamanho de um telefone) pode tirar as medidas, que depois são enviadas para um software de modelagem e para a impressora 3D. Poupa tempo e é mais eficaz, especialmente, quando estamos em uma zona de conflito como na Síria.”

Moradores do noroeste tem dificuldade de comprar gás

Moradores da região noroeste ainda enfrentam dificuldades para comprar botijão de gás, mesmo após o fim da paralisação dos caminhoneiros. Revendedoras estão sem o produto ou com o estoque baixo em Cianorte, Umuarama e Paranavaí.
O Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) diz que isso ocorre porque aumentou o consumo do produto e também porque a distribuição foi prejudicada devido à greve.
Em Cianorte, as revendas de gás afirmam que os caminhões não estão chegando com frequência na cidade, o que impacta diretamente no estoque.
Um outro revendedor informou à RPC que passou a buscar botijões de gás em Santos, no litoral paulista, porque teve dificuldades com o fornecedor de Presidente Prudente.
A maior revenda de Cianorte, que também é distribuidora e atende 60 municípios da região, informou que recebia 1.200 botijões e cilindros de gás por semana. Mas, nos últimos cinco dias, a quantidade de produto entregue caiu pela metade.
“Atendemos o consumidor final, que está precisando do produto. Vamos até a casa do cliente e, se for botijão de reserva, programamos com o cliente para irmos uma próxima vez encher o botijão”, explica o empresário Carlos Alberto Camacho. “O problema está sendo em comprar o produto nas refinarias”, complementou.
Em Umuarama, das sete revendedoras de gás da cidade, cinco disseram que o produto está em falta. Uma delas não tem o produto desde segunda-feira.
De modo geral, as revendedoras informaram que têm recebido pouca quantidade do produto desde o fim da greve dos caminhoneiros. Algumas, inclusive, disseram que não estão conseguindo carregar nas distribuidoras.
A previsão é que um novo carregamento seja entregue nas empresas na sexta-feira (22), mas a quantidade de produto não deve ser a desejada. Não há previsão de quando a situação será totalmente normalizada.
Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)
Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)

O que diz o sindicato

A presidente do Sinegás, Sandra Ruiz, explica que o problema é causado por vários fatores, entre eles, o aumento do consumo do produto por causa do inverno e, por causa da greve dos caminhoneiros, os caminhões precisaram esperar três dias em filas para carregar, o que atrasou a entrega dos produtos em algumas cidades.
“O que acontece agora é que as revendas não conseguem manter os seus botijões cheios, todo estoque que chega, acaba. Por isso, o consumidor tem a sensação que a revenda não tem o produto e acaba estocando em casa. Pedimos para a população só comprar o produto quando for necessário, não é preciso estocar gás em casa”, declarou a presidente

segunda-feira, 18 de junho de 2018

ONGs pressiona Alemanha a devolver arte pre colonial





BERLIM — A decisão do presidente francês Emmanuel Macron de devolver aos países de origem os objetos de arte adquiridos ilegalmente durante a era colonial, anunciada no ano passado, pôs em alvoroço também os museus de Berlim. Ao todo, mais de 50 ONGs já enviaram carta aberta à chanceler Angela Merkel pedindo que adote o exemplo, pondo as relíquias arqueológicas dos museus alemães no centro da discussão.
— Os museus fazem de tudo para preservar seus tesouros, mas não vão poder evitar os efeitos do novo debate sobre a arte roubada — diz Christine Howald, historiadora da Universidade Técnica de Berlim, que mapeou os países que se beneficiaram e os que foram vítimas do comércio ilegal de bens culturais.
Christian Kopp, da ONG Berlim Pós-Colonial, signatário da carta a Merkel, lembra que a Alemanha tem uma responsabilidade especial:
— Berlim, como a cidade que sediou a conferência Congo-Africa de 1884-1885, sobre a divisão da África entre os países europeus, deve adotar uma posição pioneira no debate sobre a devolução.
Para a historiadora de arte francesa Bénédicte Savoy, que foi conselheira de Macron nesse assunto, os museus berlinenses pouco fizeram para esclarecer a origem de objetos em que ainda há o “sangue das vítimas”.
Vivendo entre Berlim e Paris, Savoy está à frente do projeto “A História mundial da arte roubada”, o mesmo em que Howald trabalha. Para financiar a pesquisa, que tem duração prevista de três anos, a própria francesa doou 2,5 milhões de euros que recebeu de um prêmio científico.



Museu Pergamon, Alemanha - Arquivo
Do lado dos museus, a polêmica fez despertar o medo. Verdadeiros ímãs de turistas, objetos famosos, como o busto de Nefertiti ou o altar de Pergamon, passaram a ser alvo de medidas rigorosas de segurança. Há receio de agressão por parte de nacionalistas.
O “Altar de Zeus”, atualmente em restauro, foi descoberto, por acaso, no século XIX na cidade de Bergama. Um engenheiro alemão viajou ao país para realizar o projeto de uma ferrovia e terminou descobrindo o gigantesco altar, que foi desmontado, empacotado em 150 caixas e remontando no Museu Pergamon.
A escultura de Nefertiti, conhecida como a “Mona Lisa de Berlim”, tem quase 3.500 anos, foi descoberta em 1912, durante uma expedição alemã no Vale dos Faraós, no Egito, e pode ser vista no Neues Museum. Zahi Hawass, até o final do regime de Hosni Mubarak encarregado da cultura antiga no governo egípcio, diz que ainda hoje seu grande sonho é levar a escultura da rainha de volta ao país. Com a revolução que derrubou o governo Mubarak e toda a turbulência política que se seguiu, porém, o destino dos objetos passou para segundo plano.
As duas relíquias são há anos tema de controvérsia entre a Alemanha e seus países de origem, que batem em portas hermeticamente fechadas sempre que voltam a reivindicar uma devolução.
— Quando havia desequilíbrio de poder entre os países envolvidos, a compra pode ser vista como ilegal, sim, e o objeto deve ser devolvido — defende Howald.
A equipe da Universidade Técnica de Berlim lembra que a arqueologia em busca de bens de culturas antigas era mania coletiva na Europa do século XIX. Movimentava grandes potências coloniais, como França, Inglaterra e Espanha, mas também a Alemanha, onde pessoas com dinheiro financiavam expedições.


Busto de Nefertite - Divulgação
Presidente da Fundação Cultural da Prússia, à qual pertencem os principais museus estatais de Berlim, Hermann Parzinger argumenta que nem todas as aquisições da era colonial foram roubo:
— Trata-se de uma crítica generalizada. A História é mais complexa.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a fundação diz que não há pedidos formais de restituição do busto de Nefertiti nem do altar de Pergamon, apenas solicitações informais.
Desde 1970 a Unesco tenta controlar o comércio ilegal de arte antiga, até agora sem sucesso. Nessa época já era tarde demais para evitar o “saque” da era colonial.
Atualmente em construção, em o futuro Humboldt Forum, em Berlim, deve entrar na polêmica. Entre outras atrações, o novo museu conta com uma exposição permanente de “arte fora da Europa e Estados Unidos” recheada de objetos indígenas tirados da Amazônia.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/ongs-pressionam-alemanha-para-devolver-obras-adquiridas-no-periodo-pos-colonial-22742931#ixzz5IntPKtbq 
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Lugares sem violência no brasil

Edição do dia 15/06/2018

15/06/2018 22h57 - Atualizado em 15/06/2018 23h41

Brusque (SC) lidera a lista de cidades mais pacíficas do Brasil, diz pesquisa
Com isso a região também tem um dos maiores índices de crescimento populacional. Nos últimos 15 anos, a cidade recebeu 45 mil pessoas de fora.
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Vender tecidos é a paixão do Seu Walter Orthmann, morador de Brusque. A cidade dele é conhecida como o berço da fiação, mas pode chamar também de cidade da paz. É o que revela uma pesquisa exclusiva do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Brusque - que fica no Vale do Itajaí, em Santa Catarina - é a cidade mais pacífica do Brasil entre aquelas com mais de cem mil habitantes. Quer dizer: tem a menor taxa de mortes violentas do país.

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Mas o que está por trás deste número? Começa com três letrinhas: IDH. Índice de desenvolvimento humano. E o IDH de Brusque é alto em matéria de educação e de renda. E muito alto quando se trata da expectativa de vida, que ali é a maior do Brasil. 

E olha que não faltam desafios. Nos últimos 15 anos, a cidade recebeu 45 mil pessoas de fora. Um dos maiores crescimentos populacionais do país. Na cidade, a polícia é tratada com gente de casa. E na rede de vizinhos, todos compartilham o que for suspeito em um aplicativo de celular. Funcionou para proteger as casas e o comércio local.

A Brusque do Seu Walter continua a crescer, mas não abre mão de viver em paz com antigos e novos moradores.

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