quarta-feira, 20 de junho de 2018

Moradores do noroeste tem dificuldade de comprar gás

Moradores da região noroeste ainda enfrentam dificuldades para comprar botijão de gás, mesmo após o fim da paralisação dos caminhoneiros. Revendedoras estão sem o produto ou com o estoque baixo em Cianorte, Umuarama e Paranavaí.
O Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) diz que isso ocorre porque aumentou o consumo do produto e também porque a distribuição foi prejudicada devido à greve.
Em Cianorte, as revendas de gás afirmam que os caminhões não estão chegando com frequência na cidade, o que impacta diretamente no estoque.
Um outro revendedor informou à RPC que passou a buscar botijões de gás em Santos, no litoral paulista, porque teve dificuldades com o fornecedor de Presidente Prudente.
A maior revenda de Cianorte, que também é distribuidora e atende 60 municípios da região, informou que recebia 1.200 botijões e cilindros de gás por semana. Mas, nos últimos cinco dias, a quantidade de produto entregue caiu pela metade.
“Atendemos o consumidor final, que está precisando do produto. Vamos até a casa do cliente e, se for botijão de reserva, programamos com o cliente para irmos uma próxima vez encher o botijão”, explica o empresário Carlos Alberto Camacho. “O problema está sendo em comprar o produto nas refinarias”, complementou.
Em Umuarama, das sete revendedoras de gás da cidade, cinco disseram que o produto está em falta. Uma delas não tem o produto desde segunda-feira.
De modo geral, as revendedoras informaram que têm recebido pouca quantidade do produto desde o fim da greve dos caminhoneiros. Algumas, inclusive, disseram que não estão conseguindo carregar nas distribuidoras.
A previsão é que um novo carregamento seja entregue nas empresas na sexta-feira (22), mas a quantidade de produto não deve ser a desejada. Não há previsão de quando a situação será totalmente normalizada.
Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)
Revendas de gás no noroeste têm dificuldade para normalizar estoque do produto (Foto: Reprodução/RPC)

O que diz o sindicato

A presidente do Sinegás, Sandra Ruiz, explica que o problema é causado por vários fatores, entre eles, o aumento do consumo do produto por causa do inverno e, por causa da greve dos caminhoneiros, os caminhões precisaram esperar três dias em filas para carregar, o que atrasou a entrega dos produtos em algumas cidades.
“O que acontece agora é que as revendas não conseguem manter os seus botijões cheios, todo estoque que chega, acaba. Por isso, o consumidor tem a sensação que a revenda não tem o produto e acaba estocando em casa. Pedimos para a população só comprar o produto quando for necessário, não é preciso estocar gás em casa”, declarou a presidente

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